Conhece a história por detrás dos brincos arrecadas? De utilização milenar, as arrecadas são, por norma, produzidas com filigrana tradicional portuguesa, que decora minuciosamente toda a sua estrutura.

HISTÓRIA DAS ARRECADAS
Usado há vários milénios e em alguns casos, tanto por mulheres como por homens, caracterizam-se por uma parte inferior bojuda muito trabalhada, muito apreciadas hoje em dia pois reúnem características típicas da joalharia oriental, nomeadamente de países como a Índia ou o Irão.
No caso português, também estas peças foram produzidas com recurso à filigrana mas com origens marcadamente populares.

Ao contrário de outras peças de joalharia, as arrecadas serão imitadas pelas classes mais ricas da sociedade. Claro que quanto mais ricas, mais elaboradas seriam as arrecadas.
Outro pormenor curioso é o facto de o seu tamanho estar associado à idade de quem as usa - meninas usavam arrecadas pequenas, as suas mães e avós usavam arrecadas de dimensões mais generosas.
A ARTE DOS DETALHES

Estes fios, que em muitos casos chegam a ser tão finos como um fio de cabelo, depois de puxados e repuxados até se atingir a espessura desejada pelo artesão, são torcidos, o que lhes confere maior resistência, permitindo que sejam dobrados e enrolados sem quebrar.

Numa das versões mais comuns podemos encontrar no seu interior, uma lúnula pendente em forma de quarto crescente, mas ao contrário do que acontece nos “Brincos à Rainha” esta lúnula trata-se de uma simples chapa polida, sem decoração, e que serviria para refletir a luz, realçando não só a beleza das arrecadas mas também de quem as usasse.
